O aleitamento materno é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças nos primeiros anos de vida. O leite materno é um alimento único e inigualável, que se adapta perfeitamente às necessidades dos bebês. Ele fornece todos os nutrientes essenciais e anticorpos que ajudam a proteger os pequenos de infecções e doenças.
Composição do Leite Materno
Como já disse, o leite se adapta de acordo com a idade e necessidades específicas de cada bebê, é incrível, mas a partir do contato do bebê com a mama, o corpo da mãe sabe exatamente do que o neném está necessitado.
Por esse motivo, nos primeiros dias após o parto, a mãe produz o colostro, que há um tempo, popularmente, era considerado “fraco”, mas essa crença é um erro, porque o colostro é um leite rico em anticorpos e proteínas fundamentais para a proteção do bebê e oferece exatamente o que um recém nascido precisa!
À medida que o bebê cresce, a composição do leite materno se adapta, oferecendo a quantidade certa de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais) em todas as fases.
Os benefícios do aleitamento materno para o bebê incluem:
- Oferece uma nutrição completa: O leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento nos primeiros seis meses e continua sendo a principal fonte de nutrição até o 1° ano de vida e complemento excelente após essa idade.
- É de fácil digestão: Ajuda a evitar cólicas e constipação, promovendo um sistema digestivo saudável.
- Proteção imunológica: O leite humano é rico em anticorpos (especialmente IgA) que protegem contra infecções, reduzindo o risco de doenças respiratórias, gastrointestinais, otites e infecções urinárias.
- Desenvolvimento cognitivo: O aleitamento materno é associado a um melhor desenvolvimento neurológico.
- Vínculo emocional: O ato de ser amamentado fortalece o vínculo afetivo com a mãe, proporcionando segurança emocional.
- Prevenção de doenças: Diminui o risco de obesidade, diabetes tipo 1 e 2, hipertensão na vida adulta e ajuda a fortalecer os músculos orofaciais.
- Conveniência: Está sempre disponível, na temperatura ideal e livre de contaminação.
Muito se fala sobre os benefícios para o bebê, mas também existem muitos benefícios para as mães e entre eles estão:
- Melhor recuperação pós-parto: Promove a contração do útero, ajudando na recuperação e reduzindo o sangramento após o parto, além de ajudar a mãe a perder o peso ganho durante a gestação, devido ao gasto calórico adicional necessário para produzir leite.
- Reduz o risco de desenvolver câncer: Protege a mãe do câncer de mama, eliminando as células anormais, e ovário em todas as fases da vida, reduzindo a exposição aos hormônios que aumentam o risco de câncer. Amamentar por 2 anos pode reduzir em 10% o risco de desenvolver essa doença.
- Saúde mental: Menor risco de depressão pós-parto, devido à ação hormonal e ao fortalecimento do vínculo afetivo com o bebê, que traz benefícios emocionais consideráveis.
- Economia financeira: Reduz os gastos com fórmulas infantis, mamadeiras e medicamentos, devido à menor incidência de doenças no bebê.
- Melhora na saúde geral: Menor custo com consultas médicas resultante de uma saúde melhor tanto para a mãe quanto para o bebê.
Mitos Comuns sobre Aleitamento Materno
- “Leite Materno Fraco”
- Mito! Não existe leite “fraco”. O leite materno é sempre adequado em qualidade e quantidade para as necessidades do bebê, especialmente quando há livre demanda.
- “Bebês em aleitamento precisam beber água”
- Mito! O leite materno é composto em 88% por água, suficiente para hidratar o bebê mesmo em climas quentes até os 6 meses de idade. Água adicional pode interferir na nutrição.
- “Mulheres com seios pequenos produzem pouco leite”
- Mito! A produção de leite não depende do tamanho dos seios, porque o volume do seio é composto por gordura e as glândulas mamárias não têm nada a ver com a gordura. O que influencia a produção de leite e a frequência com que o bebê mama e a boa pega, quando mais ele mamar de maneira adequada, mais leite será produzido.
- “Depois dos 2 anos o leite vira água”
- Mito! O leite materno continua sendo altamente nutritivo e benéfico mesmo após os 2 anos de idade, complementando a alimentação sólida.
- “Tem mulheres que não produzem leite suficientemente”
- Quase sempre um mito! A maioria das mulheres pode produzir leite suficiente, especialmente quando a amamentação é feita em livre demanda e com a pega correta. Problemas de produção temporários podem ocorrer devido a fatores como pega incorreta ou intervalos muito longos entre as mamadas.Para o leite ser produzido, a mama precisa estar sendo estimulada! O bebê precisa estar mamando e, em casos em que a mãe passa o dia distante do bebê, para não reduzir a produção do leite, a mama deve ser ordenhada.
- Condições Raras: Uma mulher não produzir leite adequadamente por condições médicas (como hipoplasia mamária) é muito raro e esses casos são exceções. O apoio de profissionais de saúde habilitados pode ajudar muito.
A amamentação é vital para garantir um início de vida saudável e um vínculo emocional forte entre mãe e filho. O apoio durante os primeiros dias é crucial, pois muitas mães podem enfrentar desafios. Consultores em amamentação e profissionais de saúde habilitados são fundamentais para oferecer a orientação necessária.
O aleitamento materno não é apenas um ato de alimentar, mas uma forma de proporcionar carinho, segurança e amor aos nossos pequenos. Portanto, a promoção da amamentação deve ser uma prioridade em nossa sociedade, com informações e suporte adequados para todas as mães.